
Se tem uma pergunta que todo mundo que começa como freelancer faz é: “quanto cobrar pelo meu trabalho?”. Quando eu estava começando, essa era uma das minhas maiores inseguranças. Tinha medo de cobrar caro e afastar os clientes, mas também não queria trabalhar de graça.
Neste artigo, vou compartilhar com você tudo o que aprendi na prática sobre precificação. E, claro, essa é mais uma continuação da minha série sobre como me tornei freelancer, consegui meus primeiros clientes e me estruturei profissionalmente. Se você ainda não viu os outros posts, recomendo que comece por como consegui meus primeiros clientes como freelancer.
Por que saber quanto cobrar como freelancer é essencial
Cobrar o valor justo não é só uma questão financeira. Afeta a sua autoestima profissional, o tipo de cliente que você atrai, e principalmente a sustentabilidade do seu negócio. No começo, eu cobrava valores muito baixos e, como resultado, acumulava projetos demais e ficava esgotado. Pior: atraía clientes que não valorizavam meu trabalho.
Com o tempo, aprendi a ajustar meus preços. E posso dizer: foi uma das mudanças mais importantes da minha carreira.

Como eu definia meus preços no começo (e onde errei)
Olhava o que os outros cobravam (e copiava)
No início, eu pesquisava “quanto cobrar por um site” ou “preço de um post para Instagram” e usava esses valores como base. Mas essa estratégia é falha, porque:
- Cada profissional tem um nível de experiência diferente
- O escopo do trabalho muda muito
- A realidade financeira de cada um é outra
Eu esquecia de calcular meus custos
Outro erro comum é esquecer que, como freelancer, você tem custos fixos: internet, luz, ferramentas, impostos… Tudo isso precisa ser considerado. Se você não calcula isso, está pagando para trabalhar.
Eu aceitava “preços simbólicos”
“Faz esse aqui por 50 reais, é rapidinho!”. Quem nunca ouviu essa, não é? No começo, eu aceitava vários projetos assim, pensando que ia “ganhar visibilidade”. Mas a verdade é que visibilidade não paga boletos.
Como aprendi a calcular meus preços de forma justa
Depois de quebrar a cabeça por um tempo, comecei a testar um método mais profissional. Veja o passo a passo:
Calcule seu custo médio mensal
Anote todos os seus custos fixos e variáveis do mês. Exemplo:
Despesa | Valor (R$) |
---|---|
Internet | 100 |
Energia | 120 |
Ferramentas/Softwares | 90 |
Impostos (MEI, etc.) | 70 |
Reserva de emergência | 200 |
Total | 580 |
Defina sua meta de ganho mensal
Agora pense: quanto você quer ganhar por mês? Seja realista. Digamos que você queira ganhar R$ 3.000 líquidos por mês. Somando os custos, você precisa faturar pelo menos:
R$ 3.000 (ganho) + R$ 580 (custos) = R$ 3.580
Calcule seu valor por hora
Agora, divida esse valor pelo número de horas que você trabalha por mês. Se você trabalha 6 horas por dia, 22 dias no mês, são 132 horas. Então:
R$ 3.580 / 132 horas = R$ 27 por hora (valor mínimo)
E isso é o valor base. Se você for muito eficiente, tiver diferencial, ou um nicho mais valorizado, você pode (e deve) cobrar mais.
Como monto meus orçamentos hoje
Hoje, eu tenho um modelo bem definido para montar orçamentos. Ele é flexível, mas segue alguns padrões:
Entendo o escopo antes de precificar
Nada de sair jogando valor sem entender o que será feito. Eu converso com o cliente, alinho expectativas e pego todos os detalhes do projeto antes de falar em preço.
Faço uma estimativa de tempo
Depois disso, eu estimo quantas horas vou gastar em cada parte do projeto. Por exemplo:
Etapa | Horas estimadas |
---|---|
Planejamento | 2 |
Design | 6 |
Programação | 10 |
Testes e ajustes | 3 |
Total | 21 |
Multiplico essas horas pelo meu valor-hora, e pronto: tenho uma base de preço.
Adiciono valor estratégico
Se o projeto for urgente, mais complexo, ou tiver muito valor agregado, eu ajusto o preço para refletir esse valor. Por exemplo, criar um site para um e-commerce que pode gerar milhares em vendas para o cliente tem um valor muito maior do que apenas as horas que você gastou criando o site. Ou, se um site precisa ser entregue em um prazo apertadíssimo, você pode cobrar pela urgência, já que isso exige uma dedicação extra sua.
O que mais influencia no quanto você pode cobrar
Além da parte técnica, existem outros fatores que fazem você conseguir cobrar mais:
Portfólio
Se você ainda não viu, eu falei sobre isso no artigo como organizei meu portfólio para atrair os clientes certos. Um portfólio bem feito mostra seu valor sem você precisar falar muito.
Posicionamento
Se você se posiciona como especialista (em vez de “faz-tudo”), pode cobrar mais. Clientes pagam mais por quem passa confiança.
Indicações
Clientes que vêm por indicação geralmente confiam mais, discutem menos preço e estão dispostos a pagar mais.
Proposta profissional
Uma proposta bem apresentada faz toda a diferença. Se você quiser ver como eu faço, recomendo ler meu artigo como montei propostas de orçamento que fizeram meus clientes dizerem “sim”.
Quando você deve aumentar seus preços como freelancer
Uma das dúvidas mais comuns é: quando posso aumentar meus preços? Eu costumo analisar três sinais:
- Sua agenda está cheia demais (demanda alta)
- Você está tendo bons resultados e feedbacks consistentes
- Você sente que seu preço não está condizente com seu valor
Se você marcou dois desses três, talvez seja hora de reajustar.

Ferramentas que me ajudaram a calcular melhor
Aqui estão algumas ferramentas externas que me ajudaram a entender melhor o que cobrar:
- Calculadora Freelancer da 99Freelas — ótima para precificação inicial
- Canva para propostas visuais — uso para apresentar propostas profissionais
Conclusão: você merece ganhar bem pelo que entrega
Cobrar corretamente é um dos maiores desafios do freelancer, mas também um dos pilares do sucesso. No meu caso, foi um divisor de águas. Não apenas aumentei minha renda, mas comecei a trabalhar com clientes melhores e com mais tranquilidade.
Se você está nessa fase de transição, fica meu conselho: tenha coragem de se valorizar. Use métodos claros, não chute valores, e monte suas propostas com profissionalismo.
E falando em profissionalismo, não posso deixar de recomendar a Hostinger. É com ela que hospedo meus sites e dos meus clientes.
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Se você quer montar seu site profissional, leia também meu guia completo de como usar a Hostinger passo a passo.
Nos próximos posts, vou compartilhar como consegui transformar clientes únicos em clientes recorrentes.