
Se você é desenvolvedor ou freelancer na área de tecnologia, provavelmente já se deparou com a seguinte situação: após entregar um site ou sistema, o cliente continua solicitando ajustes, correções ou pequenas melhorias. Isso levanta a dúvida: como cobrar pelo suporte pós-entrega de sites e sistemas?
Neste artigo, que dá continuidade à nossa série sobre carreira em desenvolvimento (veja os artigos anteriores sobre como conseguir mais clientes criando sites simples e como se posicionar como especialista mesmo sendo iniciante), vamos abordar estratégias eficazes para precificar e estruturar o suporte pós-entrega.
O Que é Suporte Pós-Entrega de sites?
O suporte pós-entrega é o atendimento prestado ao cliente após a conclusão e publicação do site ou sistema. Pode incluir:
- Correção de bugs.
- Pequenas melhorias.
- Atualização de plugins ou bibliotecas.
- Mudanças de layout pontuais.
- Orientações sobre uso do sistema.
- Criação de e-mails personalizados, redirecionamentos, etc.
No início da minha jornada, eu não cobrava por isso. Fazia tudo como “cortesia”. Resultado? Fiquei sobrecarregado, sem tempo para novos projetos e com a impressão de que meu trabalho nunca terminava.
Foi então que comecei a estruturar uma forma clara de cobrar pelo suporte pós-entrega, respeitando meu tempo e garantindo profissionalismo.
Por Que É Importante Cobrar pelo Suporte Pós-Entrega de sites?
Imagine que você vende um carro. O cliente compra, usa por uma semana e volta pedindo para você trocar o óleo, calibrar os pneus e lavar. Tudo de graça. Faz sentido?
No mundo do desenvolvimento, muitas vezes o cliente não entende essa diferença. Ele pensa que está pagando pelo “site funcionando para sempre”. Por isso, cabe a nós, como profissionais, deixar muito claro onde termina o projeto e onde começa o suporte.

Cobrar pelo suporte:
- Valoriza seu tempo.
- Evita abusos e demandas infinitas.
- Organiza melhor sua rotina.
- Cria receita recorrente.
- Profissionaliza sua relação com o cliente.
Modelos de Cobrança pelo Suporte Pós-Entrega de sites
1. Hora avulsa (pay-per-use)
Nesse modelo, você cobra um valor fixo por hora sempre que o cliente precisar. É o mais simples, mas exige muito controle e registro do tempo.
2. Pacote de horas mensais
Você oferece pacotes de suporte com X horas por mês. O cliente paga um valor fixo e pode usar aquelas horas como quiser. Funciona bem para clientes que sempre têm pequenas demandas.
Exemplo:
Pacote | Horas/Mês | Valor Mensal |
---|---|---|
Básico | 3h | R$ 270 |
Intermediário | 5h | R$ 400 |
Premium | 10h | R$ 750 |
3. Mensalidade fixa com escopo fechado
Você cria um plano de suporte com serviços pré-definidos, e cobra uma mensalidade independente do tempo. Serve para clientes que precisam de atualizações regulares, mas com previsibilidade.
Inclua no escopo:
- Até 3 correções/mês.
- Atualizações de plugins.
- Monitoramento de segurança.
- Backup mensal.
Como Escolher o Modelo Ideal?
Pense no perfil do cliente. Clientes pequenos, com raras demandas, se adaptam bem ao modelo por hora. Já clientes que mantêm campanhas ativas ou estão sempre atualizando o site podem preferir um plano fixo.
Na minha experiência, já usei todos. Hoje, ofereço opções e deixo o cliente escolher o que faz mais sentido. O importante é: não ofereça suporte indefinido sem custo.
Como Deixar Claro para o Cliente
Esse é um dos pontos mais importantes: a comunicação.
Inclua no contrato:
- O que é considerado “escopo do projeto”.
- O prazo de garantia (ex: 15 dias para bugs após a entrega).
- Que qualquer alteração fora do escopo será cobrada como suporte.
Use uma linguagem simples:
“Após a entrega, você tem 15 dias para relatar erros de funcionamento. Alterações, melhorias ou manutenção após esse prazo serão cobradas à parte, conforme tabela de suporte.”
E se o Cliente Reclamar?
Já tive situações em que o cliente ficou surpreso: “Ué, mas eu já paguei pelo site”.
Nessas horas, mantenha a calma. Explique que, assim como qualquer serviço (como contabilidade ou assessoria jurídica), o suporte técnico também é cobrado. Mostre que você é profissional e trabalha com processos claros.
Você não precisa ser rude. Mas precisa ser firme.
Ferramentas que Ajudam no Suporte
Organização é tudo. Aqui estão algumas ferramentas que uso:
- Trello: para listar e acompanhar tarefas.
- Clockify: para registrar tempo gasto.
- Google Docs: para documentar solicitações.
- Bitrix24: ideal para quem tem muitos clientes e quer algo mais robusto.
Como Transformar Suporte Pós-Entrega de sites em Receita Recorrente
Uma das maiores viradas que tive foi quando parei de ver o suporte como um problema e passei a ver como uma oportunidade.
Oferecer planos mensais fez com que eu tivesse:
- Renda fixa.
- Relacionamento mais próximo com o cliente.
- Possibilidade de upsell (“vamos transformar isso em um novo sistema?”).
Se você quer estabilidade financeira, pense com carinho nos planos de suporte.
Dica de Ouro: Crie um Catálogo de Suporte
Isso mudou minha vida. Criei um PDF simples com:
- Tipos de suporte oferecido.
- Modelos de planos.
- Preços.
- Formas de contato.
Sempre que um cliente finaliza um projeto, eu envio o catálogo e explico que ele pode contratar se quiser manter o site atualizado e funcionando bem.
Conclusão: Profissionalismo é Tudo
Cobrar pelo suporte pós-entrega de sites e sistemas é um passo fundamental para se tornar um profissional respeitado. Não tenha medo de cobrar. Seu conhecimento, tempo e dedicação têm valor.
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Ferramenta de hospedagem que eu uso e recomendo
Se tem algo que me ajudou desde o primeiro projeto, foi escolher bem a hospedagem. Hoje uso a Hostinger, que é rápida, tem ótimo suporte e um painel muito fácil de mexer.
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Lembre-se: um suporte bem estruturado não só agrega valor ao seu serviço, mas também fortalece o relacionamento com o cliente e abre portas para novas oportunidades.
Esse é mais um capítulo da minha jornada. Se você gostou, leia também:
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Espero que esse artigo tenha te ajudado. Qualquer dúvida, é só deixar nos comentários!